O comportamento tão afetivo de Alexandre faz Tânia pensar que nunca encontrará um companheiro que a faça tão feliz. Tanto que, seguindo conselhos de sua mãe e amigos, nem espera o mesmo comportamento do ex-noivo em um novo namorado, nem faz comparações.
Tânia acredita que tivessem uma relação espiritual . Uma relação muito forte, mas que se suprimiu com o falecimento de Alexandre. Credita o fim desse vínculo a uma razão superior, a qual a impedira de continuar com o romance. Crê na possibilidade de continuar o romance num outro plano, caso exista tal transcendência.
Das suas principais motivações para continuar vivendo e tentando atingir a felicidade, Tânia ressalta a vontade de Alexandre em vê-la bem sempre. Desejo que o amante não mediu esforços pra alcançar.
Apesar disso, a recepcionista afirma que não vê mais sentido no mundo, sente que sua vida acabou com o acidente que vitimara seu antigo amor. Segue a vida pelas obrigações. Procura ser feliz, mas vê grande dificuldade sem a companhia de Alexandre.
Felicidade para Tânia está nos pequenos momentos que passa com crianças da família, com o atual namorado, o qual , percebe-se , não supre a falta do antigo, mas é um bom companheiro.
Ainda que goste de crianças e que tivesse planos com Alexandre, Tânia sente que não será mãe. Tem grande vontade de ter filhos, mas, por alguma razão que desconhece, duvida muito dessa possibilidade. Talvez, segundo ela, a grande dificuldade seja encontrar alguém capaz de fazê-la sonhar novamente. Não quer dar a luz antes de ter certeza que terá condições de dar-lhe tudo que precisa. Não imagina o que a faria ter vontade de ter filhos novamente, até por duvidar que isso possa ocorrer.
Tânia resume suas esperanças a acreditar que um dia possa sonhar novamente, fazer planos, acreditar que a vida volte a fazer sentido.
Fotos do arquivo pessoal de Tânia Araújo Vieira.
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