A relação que tem com seu pai vem melhorando recentemente, mas o ritmo dessa evolução não é muito encantador : “A cada coisa que vai acontecendo na vida da gente, ele vai se aproximando mais, e eu vou descobrindo um pai que eu não sabia que eu tinha.”Segundo Tânia , seu pai só percebeu a importância da família quando perdeu o emprego de auditor do banco Santander, entre os anos de 2004 e 2005.Até que isso ocorresse , chegava a passar dois meses sem vê-lo: “quando a gente era criança ele viajava e ficava um ou dois meses fora; Ele queria fazer auditoria em outros estados. Por isso a gente mal o via quando isso acontecia ele já chegava estressado e mal-humorado. A gente não teve o amor dele enquanto foi criança.”
Essa ligação conturbada com o pai fortaleceu a união de Tânia com a mãe, que continuava casada para que se mantivesse a família. Seus irmãos desistiram de tentar fazê-la mudar de idéia e apenas Tânia continuou ao seu lado: “Eu sofria tudo o que ela sofria, passava tudo que ela passava.”.
Sua ligação com seus irmãos, entretanto, é muito boa. Seu irmão também trabalha com faturamento médico, no hospital Sírio Libanês, e sua irmã mais velha é professora de inglês e espanhol.
Tem muito carinho por seu irmão, ainda que não o demonstre fisicamente : “Ele só quer companhia para ficar sentado na mesa e comer. Mesmo assim um carinho muito grande”.
Já com sua irmã mais velha, a relação é um pouco diferente: “minha irmã eu abraço, beijo e tenho “eu te amo” pra lá e pra cá”.
Essa diferença, contudo, não revela uma predileção, apenas um tratamento adequado á personalidade de cada um, e ás experiências que dividiram: “A minha irmã é cinco anos mais velha, então, quando eu jogava bola, era com meu irmão. Mas eu tenho essa relação de amor, de carinho com ela. Ele eu não abraço, não beijo, mas eu sei que ele está ali sempre. Tem vezes que ele olha pra mim, e é como se eu já sentisse um beijo, um abraço. É muito bom, além de irmãos eu tenho os dois como amigos.”
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